No limite do outro eu hesitei. É que eu simplesmente esqueci a possibilidade, desculpa... Mais uma vez fui brusco e sem consideração. Mas acontece, não é? É aquilo de "inibir-se diante dos estímulos do coração"— você sabe que quando me enrolo nas linhas, tropeço na previsão.
Não aceitar o capricho do outro é capricho. E aí eu me despeço de você, mas você continua me olhando com carinha de criança travessa. É como se você pensasse na mesma musiquinha que eu, porque parece que a gente respira na mesma sintonia. O que se segue é um colo rápido, um beijo e uma despedida.
Poderia ter uma supresa no fim das palavras, e aí você descobrir que você sou eu mesmo, ou a parte da vida que me cabe. Mas não há surpresa. Leio infinitas vezes a carta que você me mandou e decoro cada contradição. É o confronto do dito que nos compõe...