Capitanias

Limite do para — li mito do par.
Lema: Tu, do ar.

Limo-lume... método?

Imite do para e do par.

Mim — tudo pára.
Minto do par.

dopar.

o par.

a-m(é)im.

Que sorriam os mais velhos dentre nós:

terça-feira, 8 de julho de 2008

Complexo dos cinco centavos


Depois do escândalo com o prefeito Alberto Bejani, que na verdade não causa tanto quanto seu "parentesco" com a atriz global Elizabeth Savalla, nós juiz-foranos ganhamos de contra-reação a desconfortável sensação de não ter moedinhas. A passagem abaixou. E lá estão os vales da máfia: impressos, culpados. Acredito que o mal-estar coletivo da corrupção se refletiu justamente ali — no coletivo.

A cidade acorda cedinho. E a cartela de vale-transporte, na carteira, na mochila, ou na bolsinha, boceja na espera do troco.

Ninguém se choca com o político ladrão. Isso não tira mais o sono de nenhum brasileiro, se é que um dia tirou. Mas a moedinha que falta... ah, essa sim. — Um minutinho, por favor. Reclamam o trocadores. Aí, pronto. O desconforto coletivo lota o coletivo a cada estalo da roleta, a cada minuto que se põe em espera, a cada moedinha que não existe, a cada gota de aflição na testa enrugada do homem atrás da roleta.

O anti-herói juiz-forano, sem culpa, e tão odiado, é o porta-voz da crise. — Não, seu trocador, não tenho moeda, nem carro importado. Risos. Levanta o rapaz para a senhora se assentar. —Tenho não, moço, fui roubada. O casal pergunta ao motorista se passa no shopping. — Moeda, tenho não. Mas eu vi no MGTV que vão imprimir vales novos, né? Acende a enjoada luz verde, destravando o giro. O menino pede o troco. — Peraí, fio, tá difícil hoje.

O que todo mundo espera é que cedo ou no atraso, em pé ou sentado, o coletivo chegue seguro no ponto final.

Foto: Dia doscientos veinticuatro by orig-ing (modificada)

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